A mudança de posição sobre a pavimentação da rodovia BR-319 pela pré-candidata à Presidência da República Marina Silva, que esteve recentemente em Manaus, assim como o esvaziamento técnico do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam) foram repudiados pelo deputado estadual Sidney Leite (PSD), nesta terça-feira, 24 de abril, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.
Sobre Marina Silva, o parlamentar se diz impressionado com a contradição da pré-candidata à Presidência. “Ela, quando ministra era contra a pavimentação da BR-319 e agora se diz favorável como candidata? Que contraditório! Ainda mais quando foi ela mesma que autorizou o licenciamento ambiental das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, sem qualquer preocupação com as áreas inundadas que ficaram no interior do Amazonas. Afinal, foram muitos os prejuízos de impactos social e ambiental com essa ação. Famílias saíram do local sem nada receber e ainda temos, em toda calha do Madeira até o baixo Amazonas, inundações que surgiram depois das hidrelétricas. E eram áreas que serviam de plantio”, declarou.
O deputado atacou ainda o fato da ex-ministra Marina responsabilizar ao Amazonas a questão do desmatamento, quando o Estado da mesma, o Acre, tem apenas 88% de cobertura florestal, enquanto o Amazonas tem 97%.
DO IDAM
De acordo com o deputado Sidney Leite, outra situação preocupante e que afetará o calendário agrícola do Amazonas este ano e até em 2019 é o esvaziamento técnico do Idam.
“Há contratos findando e a própria direção do Idam já solicitou do Governo a contratação de mais de 500 técnicos, mas só foram autorizados 288. Isso não pode. É o esvaziamento do órgão e comprometimento total do calendário agrícola. Afinal, são esses técnicos que elaboram projetos e todo o andamento dos processos necessários”, explicou.
Conforme o parlamentar, o quadro do Idam já está muito reduzido e ele reforçará a posição da necessidade do contrato dos técnicos por um requerimento de pedido de concurso público para o órgão, uma vez que as demais decisões foram até agora paliativas.
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