Vereador de Nova Olinda do Norte pode perder o mandato por compra de votos e acúmulo de função

Fonte: Fato Amazônico|6 de julho de 2021- Política| Interior.

Vereador Jorge William Biaze, o "Jorginho do Povo" (Progressistas) o mais votado de Nova Olinda do Norte


O vereador mais votado das eleições de 2021 em Nova Olinda do Norte, Jorge William Biaze, o “Jorginho do Povo” (Progressistas), está ameaçado de perder mandato.

Segundo denúncias chegadas à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público do Estado (MPE), Jorginho do Povo usa a estrutura da Associação Pestalozzi do município, da qual é sócio e presidente de honra, para se beneficiar politicamente.

No rol das acusações, aparece áudios que elucidam como atuou para obter os 758 votos que lhe garantiram eleição.

Nos áudios, Jorginho do Povo fala na compra de votos por R$ 50, anuncia investimento de valores que vão de R$ 6 mil a R$ 8 mil, provenientes de facções criminosas e, ainda, de usar a deputada estadual Terezinha Ruiz (PSDB) para garantir “emendas parlamentares à Pestalozzi”.

A deputada garantiu R$ 150 mil para a entidade, que não tem fins lucrativos.

Desde dezembro do ano passado, tramita na 35ª Zona Eleitoral, com sede em Autazes, ação de impugnação de mandato eleitoral contra o vereador alvo da denúncia.

Desde junho, o Ministério Público apura denúncia de que o mesmo exerce diversos cargos na administração pública. Um deles em Manaquri.

Ao vereador é permitido exercer outra função, desde que esta não coincida em horário.

Jorginho do Povo é professor efetivo da Prefeitura Municipal de Nova Olinda, temporário da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) e comissionado na Prefeitura de Manaquiri.

Nos portais da transparência de Nova Olinda do Norte, de Manaquiri e da SEDUC é possível verificar que o servidor tem uma cadeira efetiva de 20 horas com uma dobra de mais 20, totalizando 40 horas, desde o ano de 2015.

Em Manaquiri é possível verificar que, a partir do ano de 2019, possui um cargo comissionado na área da educação que deveria ser exercido diariamente por se tratar de contrato com dedicação exclusiva ou no mínimo de 40 horas semanais.

No portal da SEDUC ele também aparece exercendo um cargo de professor temporário desde 2019.

O vereador ainda não se manifestou sobre as acusações.

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